6G somente em 2030
- Cristóvão Feil
- 6 de jul. de 2022
- 2 min de leitura
Sexta geração de telefonia trará ainda mais velocidade e estabilidade; porém, a previsão é de que esteja disponível apenas em 2030
O 5G mal começou a ser implantado no Brasil e o mercado já está discutindo a implementação da próxima geração, que promete viabilizar ainda mais o uso de tecnologias como Internet das Coisas (IoT) e realidade estendida, dando suporte a várias aplicações do metaverso, máquinas conectadas, telemedicina e cidades inteligentes, entre outras. Além disso, o 6G deve trazer maior estabilidade e velocidade de conexão, se comparado à quinta geração.
No entanto, apesar de alguns avanços, a perspectiva é de que a tecnologia não esteja disponível antes de 2028. No Brasil, a previsão da Anatel é de que a padronização para o 6G seja finalizada apenas em 2030. Inclusive, os detalhes para essa padronização ainda devem ser debatidos durante a Conferência Mundial de Radiocomunicação (WRC, na sigla em inglês), prevista para acontecer entre entre 20 de novembro e 15 de dezembro de 2023, segundo informações da Teletime.
A expectativa, de acordo com o gerente de espectro, órbita e radiodifusão da Anatel, Agostinho Linhares, é de que uma “nova fronteira” de radiofrequências seja explorada para habilitar o 6G, em faixas que podem ir do 100 GHz ao 3 THz. Segundo ele, as maiores larguras de banda poderiam permitir taxas teóricas na casa do 1 Tbps, uma grande mudança em comparação com os 20 Gbps prometidos no 5G.
Na transição para o 6G, já que existe uma demanda por um salto tecnológico, a indústria tem discutido o desenvolvimento de uma nova etapa para o 5G, que seria a 5G-Advanced, a qual pode ser viabilizada em 2025.
A ideia é de que o 5G-Advanced suporte aplicações de metaverso com ferramentas de realidade estendida de forma mais profunda que o 5G. A tecnologia deve se desenvolver plenamente na 6G, segundo afrmou o head do GSMA Intelligence, Peter Jarich, ao Meio & Mensagem.
Globalmente, a corrida pela tecnologia já começou, com previsão de incentivos no Reino Unido, na Índia, União Europeia, China, Japão e Estados Unidos.
Neste ano, a China divulgou uma grande conquista relacionada à tecnologia. Uma equipe de um laboratório de alta tecnologia em Nanjing, na capital da província de Jiangsu, no leste da China, conseguiu atingir a taxa de 206,25 gigabytes por segundo (Gbps) em um teste de velocidade do 6G, pela primeira vez em um ambiente de laboratório.
Assim, a equipe obteve apoio do governo, da gigante de telecomunicações China Mobile e da Universidade de Fudan para construir o primeiro sistema experimental de comunicação de transmissão 6G em tempo real a uma taxa de 360-430GHz a 3 THz ou 100/200 Gbps, considerado o mais rápido do mundo.
Já os Estados Unidos anunciaram para julho um leilão de espectro de banda média nos, justamente para começar a planejar a 6G agora e desenvolver políticas de gestão de espectro mais inovadoras.
A indústria também já está desenvolvendo equipamentos para o 6G. Na Finlândia, Nokia e MediaTek formaram uma parceria para começar a desenvolver a tecnologia. A Samsung também já se prepara para a sexta geração e, inclusive, realizará ainda este mês (maio), o evento “A Próxima Experiência Hiperconectada para Todos”, com temas como “Interface aérea 6G” e “Rede Inteligente para 6G”.

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